O BRZ Solana Crypto Fund, que vai investir US$ 20 milhões (aproximadamente R$ 100 milhões) para financiar projetos para a blockchain Solana no Brasil até o final de 2021, está reverberando no mercado. Recentemente, mídias como Exame, Pequenas Empresas e Grandes Negócios, FynSiders (do jornalista Danylo Martins) e outras destacaram a iniciativa e demonstraram os avanços já alcançados desde o seu lançamento, em maio deste ano.
À Exame, o CEO da Transfero, Thiago Cesar, explicou que “o fundo é direcionado àquelas pessoas que querem empreender, que têm uma boa ideia, um bom projeto, e precisam de algo que é muito importante para qualquer empresa ou negócio que está nascendo: funding”.
A declaração do executivo faz referência ao objetivo do Fundo BRZ Solana Crypto no que tange a abertura de oportunidades a negócios realmente iniciantes. “No Brasil, a preferência dos fundos de venture capital acaba sendo por projetos em startups de estágios mais avançados. Nós queremos realmente apostar no early stage”, disse ele à revista Pequenas Empresas Grandes Negócios, da editora Globo.
Dessa forma, defendeu Thiago, se o fundo for bem-sucedido e os projetos mostrarem futuro, o próprio negócio BRZ Solana Crypto é recompensado, assim como a Solana e a Transfero Swiss, como empresas. Isso porque novos fundos podem surgir a partir da primeira experiência, seja ela com casos práticos de uso de cripto ou seja com aplicações.
Brasil e América Latina devem confirmar potencial
Este é o maior fundo já criado para iniciativas early stage no que tange o financiamento de projetos em blockchain no Brasil. E uma parte do aporte (US$ 2 milhões) já foi aplicada em quatro projetos. Foram eles: FTT, criptomoeda criada pela exchange FTX; o Serum, exchange descentralizada; o DeFi Land, que é um jogo online emulando o ambiente de finanças descentralizadas; e o PARSIQ, que une atividades da blockchain com aplicações do mundo real.
Para os demais US$ 18 milhões previstos, a expectativa do Fundo BRZ Solana Crypto é priorizar iniciativas brasileiras – ou latino-americanas – voltadas a projetos de empréstimos descentralizados no segmento de criptoativos, ou mesmo projetos voltados à economia real, em nichos como microcrédito e transferências internacionais. Também estão no rol de possíveis contempladas as iniciativas para negócios B2B.
Como explicado pelo CEO da Transfero, a prioridade é o investimento em desenvolvimentos para a blockchain Solana no Brasil ou outros países da América Latina. Isso porque o mercado de criptoativos ainda é tímido na região, mas com grande potencial de crescimento.
Como reportou o site Finsiders, do jornalista Danylo Martins, apesar de ainda “engatinhar” no Brasil, “a tecnologia blockchain já demonstra evolução”.
A reportagem cita o mapeamento do InovaBra, apontando que há 117 startups com soluções de blockchain e criptoativos no Brasil atualmente. Porém, 80% delas surgiram nos últimos cinco anos, o que demonstra o aquecimento da área. “Quase metade dessas empresas (49,7%) tem soluções financeiras, como pagamentos, transferências, câmbio, negociação de ativos digitais e ofertas de crédito”, pontua o Finsiders.
Não por menos, a Solana, que tem projeto de financiamento a novos desenvolvimentos em blockchain no mundo, está priorizando o Brasil. O fundo local, criado em parceria com a stablecoin BRZ, representa um terço do total que a Solana está investindo mundialmente (US$ 60 milhões) nesse tipo de iniciativa. Os outros dois terços, estão divididos entre projetos de outros países emergentes, como Rússia, Índia e Ucrânia. “A Solana acredita que os mercados emergentes têm um potencial imenso e está empenhada em viabilizar projetos e serviços importantes nessas regiões”, disse Anatoly Yakovenko, presidente da Solana Foundation.